Monday, May 28, 2007

Não sei o quero. Acho que nunca soube realmente o que queria. A agonia de estar entre quatro paredes e o meu corpo atrofia-me. As coisas vão de mal a pior. Acho que perdi o que nunca tive. O cheiro a dor ocupa-me a alma. Talvez 'eu' não queira o mesmo que eu.

Tenho medo das minhas escolhas. Tenho mesmo medo.
Tenho que passar mais tempo comigo!

2 comments:

Li Alves said...
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Li Alves said...

O nosso 'eu' nunca quer o mesmo que nós queremos. Se assim fosse seríamos eternos.
A felicidade não é um bem que se adquere. É um momento alheio a nós que saboreamos de quando a quando.
No entretanto desses quandos, resta-nos sentir e ser; sentir o que somos; ser o que sentimos.

Aquilo que perdeste nunca tiveste.
Se calhar porque o não querias.
Nunca te esqueças que somos insatisfeitos por natureza. E isso nem é assim tão mau! Porque a vida resume-se a conquistas, e a partir as correntes que nos prendem.
As grandes questões agora, Gonçalo, seriam:

'E tu...já te dedicaste a conquistar? Já tentaste sequer partir alguma corrente?'

Diria que não...porque continuas entre as quatro paredes.

Os carris servem para andar sobre eles. E não para nos prendermos neles.

Lamentar é fácil, porque a dor até tem o seu lado belo.
Mas aceitar esse facto não é resignares-te a ele...


Fui*